O que são cigarros eletrônicos?
Cigarros eletrônicos, também conhecidos como cigarros vaporizador e e-cigarros, são dispositivos que as pessoas usam, muitas vezes, em vez de cigarros de tabaco, que doses de libertação de vapor de água, que pode ou não incluir nicotina. E-cigarros são alimentados por uma pequena bateria. Fabricantes, distribuidores e comerciantes de cigarros eletrônicos dizem que eles são uma forma eficaz e alternativa saudável ao fumo do tabaco, porque o usuário não inalar o fumo do tabaco prejudicial, que contém mais de 4.000 substâncias tóxicas.Usuários regular de e-cig dizem que o dispositivo oferece-lhes uma sensação semelhante do tabaco ao fumar . No entanto, como não há combustão envolvidos - não há fumo. A maioria deles tem cartuchos substituíveis, alguns são os descartáveis.
O cigarro eletrônico pode salvar a vida de milhões de fumantes, indicaram nesta terça-feira (12) os participantes de uma conferência sobre a rápida expansão deste dispositivo, da qual participaram especialistas, políticos e empresários.
No entanto, outros participantes destacaram que, por enquanto, não há informações sobre os efeitos nocivos do dispositivo, particularmente a longo prazo.
O cigarro eletrônico tem perdido a aura de artigo sofisticado e está ganhando adeptos como uma forma relativamente eficaz de parar de fumar, com o apoio de um número crescente de estudos favoráveis.
As vendas dobraram e estima-se que sete milhões de pessoas fumem cigarros eletrônicos.
"Os cigarros matam 5,4 milhões de pessoas por ano no mundo", avaliou Robert West, professor de saúde mental e diretor de estudos sobre o tabaco na Escola Universitária de Londres (UCL).
Segundo ele, o uso de cigarros eletrônicos pode salvar milhões de vidas, mas seria preciso saber "se é possível alcançar esse objetivo e como atingi-lo da melhor forma" possível.
Jacques Le Houezec, consultor em saúde pública e dependência do tabaco, afirmou aos presentes que os cigarros eletrônicos contêm algumas substâncias nocivas, mas seus níveis de toxicidade são de 9 a 450 vezes inferiores aos dos cigarros de tabaco.
Já Deborah Arnott, diretora executiva do grupo de pressão antitabaco ASH, considerou que os cigarros eletrônicos podem permitir avanços no campo da saúde pública, mas advertiu que ainda não há informações suficientes acerca dos seus efeitos, reforçando que a indústria do tabaco está começando a controlar a fabricação de cigarros eletrônicos.
"Muitas das maiores companhias de cigarros eletrônicos já foram absorvidas", acrescentou.
"A ASH acredita que os cigarros eletrônicos têm um potencial significativo. São muito menos prejudiciais que o tabaco", afirmou Arnott à AFP. No entanto, "sem regulamentação, sua segurança e eficácia não estão garantidas".
Além disso, segundo Arnott, "se chegam a ter agentes cancerígenos, não veremos seus efeitos imediatamente, mas 10, 15 ou 20 anos depois as pessoas vão morrer disso", acrescentou.
As autoridades sanitárias dos países ocidentais afirmam que ainda é prematuro para avaliar os impactos a médio e longo prazo de um fenômeno recente como o do cigarro eletrônico.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) sustenta que a segurança dos cigarros eletrônicos não foi verificada cientificamente.
Mas os relatórios científicos e médicos destacam cada vez mais que sua periculosidade é muito inferior à dos cigarros verdadeiros.
A OMS adverte que "também não foi provada cientificamente" a eficiência dos sistemas eletrônicos de administração de nicotina para parar de fumar.
Um estudo neozelandês publicado em setembro pela respeitada revista científica The Lancet sustentou que o novo dispositivo é "pelo menos igual em eficácia aos adesivos de nicotina" para ajudar um fumante a abandonar o vício.
A principal crítica ao cigarro eletrônico é que, embora possa ajudar a abandonar o tabaco, também pode incentivar o fumo em muitos jovens que nunca o fizeram, criando dependência em nicotina e, por fim, levando-os ao tabagismo.
Fonte
http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/2013/11/cigarro-eletronico-pode-salvar-milhoes-de-vidas.shtml
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